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Bloquinhos de carnaval nas ruas serão proibidos, diz Rui Costa


O governador Rui Costa afirmou nesta segunda-feira, 14, que não permitirá bloquinhos de carnaval e eventos semelhantes, ao comentar o bloco que desfilou pelas ruas do Centro Histórico de Salvador no domingo, 13. Para isso, segundo o chefe do Executivo baiano, será "aperfeiçoado" o decreto referente à realização de eventos na pandemia.

"Nós vamos aperfeiçoar o decreto para que o que nós vimos esses dias não se repita - ou seja, pessoas inicialmente dizendo que estão dentro do limite de 1,5 mil pessoas, mas saem andando com a marchinha, com a bandinha. E não tem jeito: em época de Carnaval, dias de pré-Carnaval, se você sai com uma bandinha fazendo som, ninguém vai controlar que só vão estar ali aglomeradas 1,5 mil pessoas", declarou o governador. 

Rui sinalizou que não pretende diminuir a quantidade de público atualmente permitida em eventos como shows e partidas de futebol; apenas o texto do decreto deixará mais explícito a proibição de alguns tipos de aglomerações carnavalescas.

"Nós não vamos modificar a quantidade de pessoas; o que nós vamos deixar claro é esse tipo de manifestação na rua, que na largada pode ter 1,5 mil pessoas, mas que vai aglomerar muito mais gente caminhando por ruas abertas. Eu vi o argumento dos responsáveis por esse evento que aconteceu: 'ah, mas a gente só chamou 1,5 mil pessoas'. Mas, uma vez que bota na rua, ninguém controla. Isso não será permitido e vamos deixar isso mais claro no decreto", apontou. "Então nós vamos aperfeiçoar o decreto para deixar claro que esse tipo de condução não é permitido, e a Polícia Militar atuará no sentido de impedir esse tipo de comportamento", completou.

Ao anunciar a proibição dos bloquinhos, Rui disse que é preciso "colocar em primeiro lugar a vida humana, a saúde das pessoas". "Nós ainda estamos com 28 mil casos, que é maior do que o pior mês, que tinha sido março do ano passado", afirmou. A declaração foi feita antes da divulgação do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que aponta 26.547 casos ativos de covid-19 no estado. O número de casos ativos está em queda há dez dias, depois de atingido o recorde do indicador em toda a pandemia (36.955 casos ativos no dia 4 de fevereiro).

O chefe do Executivo estadual revelou que, em janeiro, mais de 400 pessoas morreram da doença na Bahia. "E temos mais de 400 pessoas internadas em UTI nesse momento", acrescentou.

Mesmo com a ômicron sendo apontada como uma variante de menor letalidade, o efeito da pandemia sobre os óbitos em janeiro foi observado em todo o país. Os cartórios brasileiros registraram neste ano o mês de janeiro mais mortal desde o início da série histórica, em 2003.


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