Cesta Básica de Salvador apresenta elevação de 2,74% em fevereiro
A Cesta Básica de Salvador, segundo estimativa da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), passou a custar R$ 471,68 no mês de fevereiro de 2022. Dessa forma, em comparação ao custo estimado no mês imediatamente antecedente, houve uma alta de 2,74% – ou seja, um aumento de R$ 12,55 em relação ao valor registrado em janeiro em termos nominais.
Segundo Denílson Lima, integrante técnico da SEI, “a alta nos preços de alguns dos produtos da Cesta Básica de Salvador para o mês de fevereiro é justificada, principalmente, por fatores climáticos”.
Do conjunto dos 12 que integram uma cesta básica, nove registraram elevação nos preços, a saber: banana-prata (7,73%), café moído (7,63%), pão francês (6,14%), açúcar cristal (4,47%), manteiga (3,83%), óleo de soja (3,62%), carne bovina (3,47%), arroz (2,61%) e feijão (1,23%). Por outro lado, três apresentaram redução: leite (-3,27%), farinha de mandioca (-1,70%) e tomate (-0,35%).
Item com maior variação percentual de preço, a banana-prata se deparou com restrições de oferta no referido mês, decorrentes de fortes chuvas na colheita e do período de entressafra. Além disso, problemas na logística do semiárido e do Nordeste – onde está o maior produtor da região e o segundo maior do país, que é a Bahia – ajudam a explicar essa alta. Segundo complementa Lima, “pelo menos, a expectativa é por menores pressões no preço dessa fruta no curto prazo, já que dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE apontam para um aumento de safra, o que ajudará a reduzir o gargalo da oferta”.
Nesse contexto, o trio composto por arroz, feijão e carne bovina variou 3,0% de janeiro a fevereiro, tornando-se responsável por 38,11% (ou seja, R$ 179,76) do valor da Cesta Básica mais recente. Por sua vez, o quarteto com café moído, leite, pão francês e manteiga aumentou 3,63% de um mês ao outro, passando a responder por 29,75% (ou seja, R$ 140,32) do custo atual da referida cesta.
No geral, conforme Denílson Lima, “a deflagração da guerra russo-ucraniana tende a se configurar em mais um fator de instabilidade para os preços de alguns itens.