2.741 detentos não regressaram aos presídios; Rio de Janeiro foi o estado onde mais detentos deixaram de retornar ao sistema prisional
Os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grasso,
Paraíba, Rio Grande do Nortes e Tocantins disseram não ter concedido o benefício. A Bahia não respondeu ao questionamento da reportagem.
De acordo com o levantamento, o Rio de Janeiro foi estado onde mais detentos deixaram de retornar ao sistema prisional (14%). O Pará (12%) e o Ceará (9%)
completam a lista dos três estados com a maior porcentagem de presos que não
retornaram ao sistema prisional.
São Paulo teve o maior número
absoluto de presos beneficiados com a saidinha: 34.547 no total. Dentre
eles, 1.566 (5%) não voltaram.
Mudanças na lei da saidinha
Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
confirmou a possibilidade de alteração ou até mesmo
extinção da norma que assegura o direito à saída
temporária de presos em
datas comemorativas.
Em meio à preocupação com a segurança pública
e o recente assassinato de três policiais militares em
Minas Gerais e São Paulo, Pacheco
ressaltou a necessidade de promover mudanças na Lei Penal e na Lei de Execução
Penal.
O senador expressou indignação
pelo assassinato do sargento Roger
Dias da Cunha, ocorrido após um confronto com um criminoso que
não retornou ao presídio após o saidão de fim de ano, em Belo Horizonte. O policial, de 29 anos,
foi assassinado por Welbert de Souza Fagundes, bandido condenado a 13 anos de prisão por roubo e que já havia cometido crimes em três saídas
anteriores.
Reportagem da revista Crusoé assinada por Carlos Graieb e Wilson Lima aborda a questão das saídas temporárias de presos das cadeias, que, todos os anos, deixam um rastro de crimes que poderiam ter sido evitados.
As
informações são do site O Antagonista.