O desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, reacendeu o debate sobre a conservação do patrimônio histórico e o uso da "Taxa de Visitação" cobrada pelas igrejas do Centro Histórico. O acidente, que resultou na morte de uma turista e ferimentos em outras cinco pessoas, expôs a precariedade estrutural do templo, que já apresentava infiltrações, mofo e risco de desabamento.
10 BNews Premium visitou, na última semana, algumas igrejas emblemáticas da primeira capital do Brasil para verificar os valores praticados e o fluxo de visitantes. Embora os valores arrecadados com a taxa sejam destinados à manutenção, há questionamentos sobre sua efetividade, especialmente diante da tragédia.
) A cobrança da taxa, que varia entre R$ 10 e R$ 30, permite acesso às igrejas e suas estruturas adicionais, como museus e catacumbas, sendo justificada pela necessidade de cobrir custos operacionais, como segurança, limpeza e energia. Especialistas apontam que, embora a prática seja comum em pontos turísticos, a relação de consumo deve ser analisada quando há serviços pagos, como visitas guiadas.
! O Papa Francisco, em sua exortação "Evangelii Gaudium", defendeu que a igreja deve ser um espaço aberto a todos, sem barreiras financeiras. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) afirmou que não recebeu alerta de emergência antes do desabamento e que a responsabilidade pela conservação é dos proprietários dos templos.
!! A Comunidade Franciscana da Bahia defende a taxa, alegando que a arrecadação é essencial para a manutenção do complexo religioso. No entanto, a tragédia gerou críticas sobre a transparência da destinação dos valores e a falta de medidas preventivas eficazes para evitar o colapso da estrutura.
Fonte: BNEWS