O líder
do União Brasil na Bahia, ACM Neto, começa a registrar baixas na Região
Metropolitana de Salvador (RMS), um dos seus principais redutos eleitorais, que
inclui Salvador, a capital do estado. Atualmente, dos 13 municípios que formam
a RMS, o ex-candidato a governador conta com prefeitos aliados na maioria dos
municípios. Entretanto, assim como nas eleições de 2022, uma possível debandada
de prefeitos e lideranças políticas, com vistas às eleições de 2024, para
partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), começou a ser
registrada.
Em São
Sebastião do Passé, cidade de 50 mil habitantes, a 65 quilômetros de Salvador,
o líder nas pesquisas de intenções de votos para 2024, Ângelo Santana, que
disputou o pleito pelo Republicanos em 2020, obtendo 42% dos votos válidos
contra a atual prefeita do município, Nilza da Mata, e em 2022, foi o candidato
a deputado estadual pelo União Brasil mais votada da cidade, foi anunciado pelo
Partido dos Trabalhadores como o mais novo filiado e o pré-candidato a prefeito
da legenda na cidade.
Recentemente,
a atual prefeita, que apoiou ACM Neto para o governo do Estado no último
pleito, também trocou o PP pelo PSD, como forma de tentar se aproximar da base
de Jerônimo, com quem teve duros embates no pleito do ano passado, inclusive
com o então governador e atual ministro de Lula, Rui Costa. “O governador não
teve a competência de vir aqui. Não recebi um alfinete dele, inclusive ele tem
um pensamento pequeno, porque ele é vingativo, perverso, uma pessoa rancorosa.
Ele fez o asfalto sonrisal do [Distrito] de Lamarão, mas eu não preciso dele,
nem de ninguém da laia dele e quem estar apoiando [Jerônimo] aqui deveria ter
vergonha e não ir na porta de ninguém, porque não tem moral”, afirmou a
prefeita durante entrevista a uma rádio local.
Além de
São Sebastião do Passé, cidades importantes como Camaçari, Simões Filho,
Candeias e São Francisco do Conde podem acabar com os prefeitos na base do
governador Jerônimo Rodrigues, a partir de 2025.