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Imagem ilustrativa: Internet |
O Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) divulgou, na terça-feira, uma pesquisa que indica impactos da exposição de 65 mil moradores de cidades do sudoeste da Bahia ao amianto, mineral fibroso que pode causar câncer e outras doenças graves.
A avaliação médica foi realizada em setembro de 2024, com
584 pessoas expostas ao produto em Bom Jesus da Serra, Caetanos, Poções e
Planalto. A população examinada, no entanto, representa menos de 1% do total de
habitantes da região, que chega a 65 mil pessoas, em média.
O amianto é um mineral usado em produtos como caixas d'água,
telhas onduladas, tubulações, discos de embreagem, mangueiras, papéis e
papelões. As microfibras do mineral penetram nas vias respiratórias e podem
acarretar doenças graves, como o câncer de pulmão.
A região sudoeste da Bahia foi um polo de exploração do
amianto por quase 30 anos, através da mina de São Félix, ativa entre 1939 e
1967. As operações foram encerradas em 1969, mas não foram realizadas ações de
remediação ambiental efetivas até o momento. Mesmo com a mina fechada há quase
60 anos, o relatório aponta a presença de contaminação do meio ambiente.
Casas, fundações de edifícios, estradas e até mesmo lápides
de cemitério foram construídas e pavimentadas com pedras de amianto, doadas
pela empresa para a prefeitura e população local. A área descoberta passou a
servir de lazer para a população, que se banhava e realizava piqueniques no
entorno, mas nada foi feito para impedir a dispersão das fibras do mineral no
ar.
Com informações da Rádio Band News FM Salvador.